14.5.07

Divagação

Porque não existo nas tuas horas quentes, morro afogada. É tortura silenciar-me enquanto te vigio, enquanto te mantenho cativo sob este meu tímido olhar cobarde. Passas abstraído - embora te julgue meio apaixonado... Mas é deste mundo de ilusões que me quero evadir. Elas são rudes, chocalham-me sem dó. E pisam-me a alma no fim. Tenho medo, uma vez mais, de cair no buraco errado e ficar às escuras de novo.
Mas és tão maravilhosamente doce, tão encantadoramente tímido, que receio que nunca tenhas a coragem para me sorrires... E será que, lá no fundo, somos mais iguais do que os nossos olhos veêm?
Tenho-te cá dentro.