21.7.07

Murmuro ao Ouvido

Tens sido omnipresente em mim. É a tua tez que vislumbro quando me pesam as pálbebras. A ti atribuo a culpa das minhas palavras serem escorregadias. Já nem sei que dizer mais, tenho a verdade cativa na mudez dos meus sentidos. São horas de devaneio contigo na cabeça, num eterno burburinho de incertezas certas. São tremores loucos, estes que me atormentam. Tenho aqui tudo para te oferecer e tenhos os dedos amarrados. Serei eu culpada das minhas amarras estarem apertadas, sufocando-me aos bocados? Estará breve o dia em que deixarei de me sentir confortável na minha cobardia? Ouve... ouve este meu sussurro desesperado, que sopra tímido ao teu ouvido:

venero-te...

Desde o início. Desde o primeiro dia. Quão ridículo soa este mumúrio?