Em vão procuro a palavra adequada. Não sei escrever-te o que corre dentro desta confusa mente atordoada. Ela grita, ela esperneia. Ela fala comigo, contigo, e com todos os seres imaginários que criou quando estive ausente. Adoeci de tédio, de rotina, de molhar-me nas mesmas águas horas, dias, meses a fio. Estala-me a frustração em baques ensurdecedores, silenciando-me os caminhos por onde devia ter seguido e não segui. Paralisei de medo. Sou uma estátua de pedra fria e escura que o tempo vai matar aos bocados.
Não te sei dizer.
Não te sei dizer.